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Pais dos jovens da tragédia do Meco não desistem
Dois anos depois, o advogado das famílias dos seis estudantes anuncia que vão avançar com seis ações de responsabilidade civil

15/12/2015
Autor: Até Sempre

 

Vítor Parente Ribeiro, advogado das famílias, adiantou que por “falta de resposta da parte criminal” os pais dos seis jovens vão “avançar com seis ações de responsabilidade civil contra - uma por cada um dos alunos que morreram - contra João Gouveia e contra a universidade. Nessas ações, uma das diligências de prova essenciais, que vamos pedir, é a tomada de declarações de João Gouveia, enquanto réu no processo cível".
 
Faz esta terça-feira dois anos que morreram seis estudantes na praia do Meco. Os seis jovens eram alunos da universidade Lusófona de Lisboa e perderam a vida quando alegadamente participavam numa praxe na presença do ex-Dux (cargo máximo do Conselho de Praxe) e único sobrevivente da tragédia.
 
Muita tinta correu durante este período sendo João Gouveia, o único sobrevivente, constituído arguido num processo que foi arquivado. Ainda que decorra a fase de recurso no Tribunal da Relação de Évora.
 
Linha de denúncias de praxes abusivas
 
O Ministério da Educação motivado pela morte dos seis estudantes na praia do Meco criou uma linha de denúncias de praxes abusivas que recebeu 80 queixas só no primeiro ano.
 
Entre 2014 e 2015 foram recebidas pelos serviços do então Ministério da Educação e Ciência (MEC), via correio eletrónico, 80 queixas. Das quais 45 foram “acompanhadas junto das Reitorias/Presidências das instituições de ensino superior” e as restantes 35 “não se enquadravam no âmbito da campanha”, avança os números adiantados pelo MEC.
 
O presente ano letivo já conta com um caso suspeito de praxe abusiva, quando uma aluna do 1.º ano da Universidade do Algarve foi internada no hospital de Faro, na sequência de uma suposta praxe que terá consistido em levar os caloiros até à praia, enterrar os jovens na areia próximo da água, ficando imobilizados enquanto lhe eram dadas, à boca, bebidas alcoólicas pelos colegas mais velhos.
 
O Ministério Público abriu um inquérito ao caso e um processo de averiguações pela própria Universidade, desconhecendo-se ainda o desfecho.
 
x Notificação de falecimentos
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