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Portugal registou 113 mil mortes no ano passado, o número mais alto dos últimos 70 anos, sendo que 59% dos óbitos foram de pessoas a partir dos 80 anos. Estes dados avançados pelo INE (Instituto Nacional de Estatística) significam, na ótica dos especialistas, um evidente envelhecimento da população.
O elevado número de óbitos registados em 2018 só tinha sido pior em 1949. Ou seja, é necessário recuar a meados do século XX, altura em que se chegou aos 117 mil mortos.
Muito se tem falado sobre a fraca taxa de natalidade em Portugal. Ainda assim, em 2018, nasceram 87 mil crianças, um número diminuto quando comparado com o número de pessoas que faleceram. Em termos estatísticos, existiu uma diferença de 25%.
Uma das questões que se coloca, de imediato, é saber se existe o risco de desaparecemos enquanto população. Em declarações à TSF, Ana Fernandes, presidente da Associação Portuguesa de Demografia, admitiu não ter ficado surpreendida com o aumento da mortalidade. “A verdade é que o país está cada vez mais idoso e, por muito que aumente a esperança de vida, chega a um ponto em que as pessoas morrem. E num limite, se não houver substituições das gerações, corremos o risco de desaparecer enquanto população”, concluiu.