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A veneração de uma história de amor
Júlio Isidro revela a história de Carlos Santos e Amélia Videira após a morte do ator

4/01/2017
Autor: Até Sempre

 

Carlos Santos morreu no dia 27 de novembro de 2016 após complicações no pós-operatório depois de uma intervenção cirúrgica à coluna cervical. 
 
Faltava pouco mais de um mês para o ator dar o nó com a atriz Amélia Videira, com quem vivia maritalmente. A história de amor entre os dois é antiga, e o apresentador Júlio Isidro contou-a. 
 
Eis o que escreveu:
 
UMA HISTÓRIA DE AMOR
 
O amor vem sempre a tempo. Tiveram um caso vai para 35 anos. Acabou ou ficou em suspenso a tempo de seguirem as suas vidas a representar outras vidas.
Amadureceram, envelheceram e noutro palco da vida reencontraram-se. O horizonte temporal tinha encurtado, mas ainda havia tempo para amar, agora de forma diferente, laços sólidos de cumplicidade, gostos comuns e aquele amparas-me tu que eu também te amparo.
A actriz e o actor levaram tão a sério os seus papeis, que decidiram mesmo dar o nó, papel assinado e trapinhos juntos.
Casavam num filme a brincar que estavam a rodar e matrimoniavam-se no cartório em Dezembro.
Que felicidade transbordava nos olhos azuis dela e no sorriso aberto dele.
Estive com os noivos há um mês e fiquei com a certeza de que nunca é tarde para amar.
Este amor estava no tempo certo mas a morte chegou antes da felicidade consumada. Brutal, traiçoeira e sobretudo injusta.
O Carlos Santos e a Amélia Videira não chegaram a casar e hoje, num velório discreto, os olhos azuis dela fingiam sorrir enquanto me recitava ao ouvido as últimas palavras com que se despediu do noivo: Alma minha gentil que te partiste....
Deus, onde estavas? 
 
 
 
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