Notícias

Categorias

<<
A detenção de Pedro Dias passo-a-passo
Conheça todos os pormenores da detenção do suspeito do homicídio de um militar da GNR e de um civil

8/11/2016
Autor: Até Sempre

 

Cerca das 21:54, a RTP filmou em direto a entrega de Pedro Dias a dois inspetores da Polícia Judiciária da Guarda.
 
Pedro Dias disse antes da detenção que quis entregar-se em direto para assegurar a sua segurança, e garantiu que se entregava após quatro semanas porque se sentiu perseguido de morte pela GNR.
 
O homem que estava fugido desde a madrugada de 11 de outubro diz que tudo se tratou de um mal entendido.
 
O homem confessou-se perplexo com o que lhe aconteceu e disse ainda que sobreviveu apenas com 60€, e a comer castanhas e nozes. Pernoitou em casas abandonas, segundo o próprio, e reitera que não matou, sequestrou ou roubou alguém.
 
Segundo o mesmo, Portugal assistiu nas últimas semanas à prova viva que não vivemos num estado de direito, e muito menos num estado em que as polícias sejam capazes de detetar quem é culpado e inocente.
 
Pedro Dias esteve sempre por Arouca, Vila Real e Aguiar da Beira, e nunca se ausentou do país.
 
A jornalista da RTP explicou que os advogados de Pedro Dias a contataram, de modo a ficar salvaguardada a sua entrega.
 
Aquilo que o ex-piloto transmitiu é que foi alvo de tentativas de homicídios nas últimas semanas, referindo ainda que nunca esteve em fuga, mas sim a tentar sobreviver.
 
A escassos metros da Câmara Municipal de Arouca, o fugitivo entregou-se num ambiente de sigilo perante os advogados, uma amiga de longa data, a irmã, a equipa de reportagem da RTP e a polícia judiciária.

A versão de Pedro Dias
 
O homem explicou que se entrega agora porque não consegue conviver com a ideia de ser um fugitivo para o resto da vida. Acrescentou ainda que tudo o que mais queria era estar perto dos filhos, de 10 anos e 10 meses.
 
A preocupação de Pedro Dias, à hora da entrega, era o bem estar da família, que ele não praticou um crime, mas sim tentou sobreviver.
 
O ex-piloto não se alongou em explicações no que respeita à noite de 11 de outubro. Ainda assim disse que estaria a dormir no seu carro, quando foi abordado pela GNR cerca das 3:30. Aqui os agentes terão pedido a identificação e não explica mais, mas garante que não matou ninguém.
 
Pedro Dias atribiu a culpa a tudo o que se sucedeu ao militar da GNR que sobreviviu, dizendo que é o único que pode explicar tudo o que se passou.
 
O suspeito do homicídio de um GNR e um civil contou que recebeu uma chamada pelas 09:30 de uma sargento da GNR que lhe terá dito que ele seria morto. Nesse momento, Pedro Dias percebeu que não podia voltar para casa em Arouca para onde se dirigia, e decidiu fugir porque se sentia perseguido.
 
No final da semana passada, Pedro Dias deixou um bilhete a um familiar muito próximo onde expressou a vontade de se entregar. O bilhete dizia o dia, a hora e o local, que ao que se sabe foi o captado pelas câmaras televisivas.
 
As últimas palavras
 
Antes da detenção de Pedro Dias, este conseguiu falar com a filha de 10 anos e a companheira.

 

x Notificação de falecimentos
x INSCRIÇÃO WORKSHOP LUTO