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Pretende-se que o dia 2 de novembro seja sinónimo de homenagem aos que já partiram. Celebra-se o Dia dos Fiéis Defuntos e muitos são os que defendem que em vez de luto e tristeza deve lembrar-se a vida daqueles que nos deixaram saudades.
Há até quem considere que este dia devia chamar-se “Festa da Saudade”. Falamos de uma ideia defendida pelo padre Carlos Matos, Capelão do Hospital de São José, em Lisboa, pois “embora se recorde quem morreu, e isso tenha trazido tristeza e saudade, essas pessoas continuam vivas”.
Esta é uma tradição bastante antiga. Desde o século II que alguns cristãos rezavam pelos falecidos, visitando os túmulos dos mártires. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar por todos os mortos, pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém lembrava.
Esta tradição tem percorrido séculos e neste dia 2 continua a manter-se no nosso país, um pouco por todo o lado. “Neste dia vou ao cemitério, lavo a campa da minha mãe, coloco velas e flores. Acho muito importante acender velas neste dia. É sinal de luz”, conta-nos Diana Teixeira, do Porto.
Igual tradição é seguida por Maria Alice Soares, de Oliveira de Azeméis, mas não apenas a 2 de novembro: “Acho que devemos homenagear os nossos ente-queridos todos os dias, e eu faço-o. Mas, neste dia é especial, tenho sempre mais cuidado. Limpo a campa, compro flores novas, e até melhorzinhas, e coloco velas novas.”
“Eu vou ao cemitério e coloco um raminho de flores frescas, mas é algo que faço todas as semanas”, reforça Aldina Marques, de Guimarães. Já Manuel Silva opta por uma homenagem mais ampla: “Eu vou à missa e à procissão, e rezo por todos os que já morreram. Não rezo só pelos meus e de quem tenho saudades. Rezo por todos. O Dia de Fiéis Defuntos é para isso mesmo, para pensarmos em todos e principalmente naqueles que não têm ninguém.”
Por todo o país, a Igreja relembra este dia com um sentimento de saudade e nostalgia. O padre Carlos Matos, Capelão do Hospital de São José, explicou em pormenor este dia ao Até Sempre, veja aqui.