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Limpezas, flores e homenagens marcam o Dia dos Finados
Dia 2 de novembro é uma data habitualmente marcada pela idas aos cemitérios. Este ano, o Até Sempre mostra-lhe como os portugueses assinalam a data

2/11/2015
Autor: Joana Martins Gomes

 

De norte a sul do país foram muitas as romarias aos cemitérios para homenagear a vida de quem partiu. 
 
Sozinhos ou em família, os portugueses encheram os cemitérios e as igrejas para assinalar esta data que advém já desde o século II. Alguns cristãos reuniam-se e rezavam pelos falecidos visitando os túmulos dos mártires e rezar pelos que morreram. 
 
No século V, a Igreja passou a dedicar um dia do ano para o feito. Ou seja, um dia para rezar por todos os falecidos, salvaguardando aqueles por quem ninguém rezava. 
 
A tradição mantém-se. 
 
Pela manhã vê-se muitas senhoras de panos e produtos de limpezas em mãos. Vêm com roupas casuais pois o objetivo é deixar as campas a brilhar. 
Colocam flores frescas e dão uma nova vida ao local onde o seu ente querido repousa. 
 
Mais tarde, e em família chegam para rezar, seguem a procissão e homenageiam a vida de quem partiu. 
 
Com mais ou menos fé, o objetivo é comum: dedicar o dia a relembrar aqueles que já viveram e foram importantes! 
 
 
Quem “ganha” com o Dia dos Finados
 
Nas entradas dos cemitérios não faltavam comerciantes a vender flores e velas, e o negócio corre bem.
 
“Já não tenho flores quase nenhumas, hoje foi um bom dia para o negócio” confessa uma vendedora à porta do Cemitério de Ermesinde, em Valongo. 
 
Também no Cemitério do Lumiar, em Lisboa, o negócio corre bem: “Vende-se muitas flores, mas também se vendem muitas velas. As flores duram menos que as velas e algumas pessoas opta por colocar mais velas e menos flores”, diz-nos a vendedora que já está habituada à agitação deste dia.
 
Já na cidade mais alta de Portugal Continental as deslocações ao cemitério são em procissão. Canta-se, reza-se e reúne-se a família para assinalar este dia. Os cemitérios da Guarda ganham cor e o tempo também ajuda a manter as campas asseadas.
 
 
 
 
Neste Dia dos Finados, há ainda lugar para outros negócios. O Até Sempre encontrou à porta do Cemitério do Lumiar um vendedor de castanhas. A época e o frio são propícios à venda e não houve quem ignorasse o cheirinho que se fazia sentir. Nem a chuva que ia caindo em Lisboa impediu o vendedor de  fazer negócio. De mangas arregaçadas não teve mãos a medir para o negócio.
 
 
 
À semelhança dos outros anos, os cemitérios enchem-se de vida e muitos foram aqueles que não ficaram indiferentes ao dia que honra a vida. 
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