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Dúvidas à volta da morte de menina de 5 anos
Os pais, de nacionalidade chinesa, terão deixado a criança sozinha em casa e estão a ser ouvidos pela Polícia Judiciária. Embaixada Chinesa opta por não se alongar em comentários

19/02/2016
Autor: Joana Martins Gomes

 

Esta madrugada, uma criança de cinco anos foi encontrada morta no condomínio da Torre de São Rafael, no Parque das Nações, em Lisboa. 
 
A menina que supostamente se encontrava sozinha em casa caiu do 21º andar, quando os pais, de nacionalidade chinesa, estariam no Casino de Lisboa.
 
A incógnita sobre os pormenores do funeral começam agora a crescer. Contatada pelo Até Sempre, a Embaixada da República Popular da China em Portugal, não quis pronunciar-se sobre o tema em concreto. Ainda assim, fonte da Embaixada desvendou: “Não temos a certeza da nacionalidade da criança. Os pais podem ter optado pela nacionalidade portuguesa, chinesa ou dupla. Não sabemos." 
 
Nesta altura, os representantes chineses acompanham com prudência o caso, ressalvando que "as leis chinesas não se sobrepõem às leis portuguesas".
 
O Até Sempre conseguiu apurar que apenas na segunda-feira ou terça-feira da próxima semana, serão reveladas informações adicionais sobre a causa da morte, uma vez que a autópsia ainda não está agendada.
 
Esta tragédia retoma as dúvidas sobre a forma como são realizados os funerais das pessoas de nacionalidade chinesa. Os agentes funerários garantem que nunca realizaram um funeral chinês em circunstâncias ditas normais, ou seja, sem que haja uma intervenção policial. 
 
“Sempre que estão doentes retomam ao país de origem para morrer”, diz-nos um dos agentes funerários questionado pelo Até Sempre sobre o tema. Sendo esta a justificação mais ouvida entre os profissionais do setor.
 
O alerta desta fatalidade foi dado pelos pais, pouco passava das 3 da manhã, quando perceberam que a criança não se encontrava em casa. O corpo foi encontrada pelas 6:45 da manhã, numa zona ainda no interior do condomínio de luxo.
 
Entretanto, os pais já foram constituídos arguidos pelo crime de exposição ou abandono, mas as medidas de coação só devem ser conhecidas ao longo do dia. 
 
 
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