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Um brinde à VMER no Hospital Amadora-Sintra
Incidente com ator José Boavida obriga a resolução da falta de Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação nos hospitais

28/01/2016
Autor: Até Sempre

 

A queda do ator José Boavida em plena via pública após um jantar em Queluz levantou um problema há muito existente, mas até agora despercebido: a inexistência de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) no hospital Amadora-Sintra. 
 
A família do ator, que foi encontrado por transeuntes, manisfestou publicamente esta falha, o que levou o Ministério da Saúde a emitir um comunicado sobre o tema. Perante esta situação, o Ministério da Saúde duplicou o apoio económico aos hospitais e limitou o prazo para resolução do problema a 30 de abril do presente ano.
 
Morte de José Boavida: o exemplo público
 
Foi no dia 26 de janeiro, que a família Boavida perdeu a esperança na recuperação do ator José Boavida após 19 dias internado no hospital Amadora-Sintra, vítima de paragem cardiorrespiratória. 
 
Enquanto vivia a angústia da incerteza a família do ator colocou interrogações à assistência médica prestada. A filha de José Boavida, Mariana Boavida, relatou ao Correio da Manhã: Os médicos dizem  que o meu pai esteve demasiado tempo em paragem respiratória”. A filha do ator acrescentou que o “INEM demorou muito tempo a chegar ao local". "Foram feitas duas chamadas, a primeira às 23h50, mas o meu pai só chegou ao hospital uma hora depois. Se não estivesse tanto tempo inconsciente, os danos e as lesões podiam ser menores", concluiu. 
 
A família apercebeu-se da falta de uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) no dito hospital, e como tal, as dúvidas tornaram-se mais evidentes. 
 
Esta falha denunciada aos meios de comunicação social gerou uma onda de indignação, de tal forma que já estão a ser preparadas iniciativas para colmatar tamanha lacuna.
 
 
O que diz a lei...
 
O despacho 13794/2012, publicado em Diário da República prevê que os hospitais tenham uma VMER, mas tal não acontece em alguns hospitais, como é o caso do Amadora-Sintra. 
 
Alegadas contenções financeiras “justificam” a falha do hospital, uma vez que ter uma VMER custa cerca de meio milhão a cada unidade, que devem custear o pessoal e os consumíveis e o resto fica a cargo do INEM.
 
Após a denúncia da família, o Ministério da Saúde emitiu um comunicado de que iria resolver a falta de VMER's e duplicar a verba para os hospitais debilitados. Em despacho de 12 de janeiro deste ano, o Ministério da Saúde duplicou o apoio económico dado aos hospitais pelo INEM, passando de 3400 para 6800 euros. 
 
Este montante só pode ser utilizado para a instalação e manutenção de viaturas VMER. O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, determinou que o processo de criação destes meios de emergência tem de estar concluído até 30 de abril.
 
 
O repto está lançado
 
Posto isto, o irmão do ator, Gabriel Boavida, lançou o repto: dia 30 de abril todos juntos para a inauguração da VMER no Hospital Amadora-Sintra.
 
Na página do facebook do irmão do ator pode ler-se:
 
“Tomamos a liberdade de convocar todas as cerca de 500.000 pessoas (habitantes do concelho de Sintra e da Amadora) que irão beneficiar desse serviço e outros que se queiram juntar a comparecer à sua inauguração. Será com certeza uma bonita homenagem ao José Boavida e brindaremos a chegada dessa viatura com uma enorme salva de palmas.”
 
Ainda assim, o irmão de José Boavida refere: “A palavra do senhor ministro não me chega. Vamos lá estar para ver se a viatura realmente existe. E um ano depois voltaremos para constatar se está realmente a funcionar.”
 
Mais de que um apelo à comunidade, dia 30 de abril homenageia-se a vida de José Boavida e toma-se de exemplo para que mais pessoas não passem pelo mesmo. 
 
Enquanto isso pode continuar a deixar a sua homenagem na página criada para as despedidas do ator: http://www.atesempre.pt/pt/necrologia/6643-jos-boavida
 
 
 
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