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Há cada vez menos pessoas com SIDA em Portugal
Apesar do decréscimo surgem todos os anos novos casos, mas aquela que era um doença terminal passou a ser crónica

1/12/2015
Autor: Joana Martins Gomes

 

Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida é este o significado de SIDA, uma doença não hereditária causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), que debilita o sistema imunitário  (responsável pela defesa do organismo). 
 
Aquela que era uma doença terminal passou a ser crónica, não tem cura (por enquanto), mas pode ser controlada. Mesmo que o vírus não possa ser eliminado do organismo por completo, a sua propagação é controlável desde que a pessoa tenha o tratamento adequado. A medicação consegue eliminar o VIH do sangue (caso não este alojado nas células, fase em se torna sida), ainda assim ele permanece no organismo e daí o risco de transmissão a outras pessoas. 
 
O VIH é o causador da SIDA, mas se alguém está infetado não significa que tem a doença – já que o vírus pode ficar no corpo por tempo indeterminado sem que se manifestem sintomas. 
 
 
Boas notícias
 
O número de novos casos de SIDA tem vindo a decrescer, tal como o número de mortes associadas ao vírus, com maior incidência desde 2008, de acordo com o relatório “Portugal em Números 2015 – Infeção VIH, SIDA e Tuberculose”.
 
Os dados recolhidos até 31 de agosto de 2015 mostram que, durante o ano de 2014, Portugal diminuiu 17.3% em relação a 2013, o  número de novos casos notificados de infeção por VIH. 
 
De salientar é o declínio consistente da proporção de casos de SIDA relativamente ao total de casos notificados em cada ano, sobretudo a partir de meados da década anterior (com exceção dos anos 2010-2011), atingindo a menor proporção em 2013 e 2014 (17% e 18,3%, respetivamente) 
 
É em Lisboa, no Porto e no Algarve que se concentram os maiores números de infeções.
 
O relatório “Portugal em Números 2015 – Infeção VIH, SIDA e Tuberculose” revela ainda que em 2014 surgiram 1045 novos casos de infeção por VIH, com seguimento hospital e registo no SI.VIDA (Sistema de Informação para o VIH/SIDA), o que corresponde a 85.7% dos casos notificados no mesmo ano, em Portugal. 
 
 
Para hoje…
 
No dia em que se assinala o Dia Mundial de Luta Contra a Sida destacamos aqui alguns eventos:
 
Em Lisboa inaugurar-se a exposição “Os rostos do VIH hoje”, no piso 0 do Palácio de S. Bento, às 14:30.
 
Há também uma ação de protesto de instituições que ajudam doentes com VIH. Isto porque sete instituições que operam nas regiões de Lisboa, Porto, Amadora, Odivelas e Cascais correm o risco de ficar sem apoio social porque as instituições que os ajudam não têm dinheiro para o próximo ano. Em causa estão 1 492 doentes com VIH/SIDA, entre os quais 14 crianças muito dependentes destas instituições, designadamente em apoio domiciliário ou até acamados em unidades residenciais.
Para tentar encontrar uma solução para o problema, esta terça-feira as associações entregam uma carta ao Governo, vão pedir audiências e no dia 01 de janeiro vão juntar-se na Assembleia da República para “manifestar o seu luto perante a situação”.
 
No Porto acontecem as 5ª Jornadas Nacionais Ético Jurídicas sobre a Infeção VIH/SIDA, uma iniciativa da Fundação Portuguesa "A Comunidade Contra a Sida", do Centro de Direito Biomédico da FDUC, da Associação Portuguesa de Bioética e da Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos, em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e a Ordem dos Advogados.
 
A cidade portuense também assinala o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA com mural intervencionado pelo artista Godmess: “A Comunidade Contra A Sida”. Intitulado “Atitude”, o mural apela a uma mudança profunda sobre os comportamentos de risco que ainda persistem em pleno século XXI, e é inaugurado às 15:00 na Rua de José Falcão.
x Notificação de falecimentos
x INSCRIÇÃO WORKSHOP LUTO