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Associações explicam aumento de cremações
Os três representantes dos agentes funerários encontram as razões que levam cada vez mais portugueses a solicitar o funeral moderno.

5/11/2015
Autor: Irene Palma/Joana Martins Gomes

 

A cremação ganha cada vez mais adeptos em Portugal, na hora de decidir que tipo de funeral realizar. No litoral existem mais defensores da cremação e muitos são os que defendem esta técnica porque dizem que é mais prática e menos dispendiosa do que o funeral tradicional.
 
Sabe-se também que a agitação social e o stress do dia-a-dia leva as pessoas a terem cada vez menos tempo e disponibilidade para tratar das campas/jazigos, ao contrário do que acontecia há uns anos. 
 
O Até Sempre quis saber a opinião das três associações do ramo funerário existentes sobre o aumento do uso dos 21 crematórios existentes em Portugal, incluindo as Ilhas.
 
As crescentes alternativas ecológicas e mais sustentáveis também levam a este aumento, como já tínhamos noticiado.
 
Para Carlos Almeida, presidente da Associação Nacional de Empresas Lutuosas, há razões financeiras, psicológicas e sociológicas para as pessoas optarem mais pela cremação. Aponta em primeiro lugar que “os valores que envolvem uma cremação são menores que os custos de um funeral convencional”. Psicológica e sociologicamente, Carlos Almeida considera que “a ideia mórbida da decomposição fez progredir uma visão higienista ou ecológica” e “o êxodo rural para os grandes centros urbanos resulta no declínio da dimensão social das cerimónias “. 
 
A Associação de Agentes Funerários do Centro, pela voz do presidente Jaime Alexandre também fala das questões culturais que suportam este aumento: “Apesar de ser um costume muito antigo, a cremação é considerada hoje como um serviço de funeral moderno. Não só para o uso de tecnologias avançadas do incinerador, mas porque quando se considera que está experimentando um crescimento exponencial da população mundial e da falta de espaços associados a este fenómeno, a cremação aparece como o sepultamento do futuro.”
 
Jaime Alexandre acrescenta ainda: “Alguns entendem o enterro como uma complicação desnecessária do processo funeral, por isso eles preferem a simplicidade e rapidez da cremação.”
 
“A cremação não cria um compromisso, nem um encargo com a manutenção da sepultura. O processo é muito simples”, afirma Vítor Teixeira, vice-presidente da Associação Agentes Funerários de Portugal.
 
O vice-presidente da A.A.F.P. pensa que não se pode “generalizar o aumento das cremações na zona norte.” E conclui: “Na área metropolitana do Porto é notório esse crescimento, e em Matosinhos, até porque existe na cidade um crematório, aliado ao culto dos mortos estar a mudar, podemos dizer que quase metade dos funerais são cremações.”
 
 
 
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