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Mais de cinco horas foi quanto durou a última homenagem a Eusébio da Silva Ferreira.
O cortejo que levou o “Pantera Negra” do Cemitério do Lumiar ao Panteão Nacional percorreu mais de 20 quilómetros, sob o olhar atento de centenas de pessoas, que quiseram marcaram presença na cerimónia.
Várias zonas da cidade de Lisboa foram interditas ao trânsito para que às 15:00 se iniciasse, sem atrasos, o último adeus ao antigo jogador de futebol.
A homenagem começou com uma cerimónia religiosa no Seminário da Luz.
O cortejo fúnebre fez a sua primeira paragem no Estádio da Luz, onde muitas pessoas com cachecóis e bandeiras, e entoando o hino do Sport Lisboa e Benfica prestaram homenagem ao “King”.
O carro com a urna de Eusébio dirigiu-se para o Parque Eduardo VII, onde a urna foi transferida para uma charrete puxada por cavalos. A partir deste ponto, o cortejo foi escoltado por 54 cavalos.
Os dirigentes da Federação Portuguesa de Futebol aguardavam a passagem do cortejo pela sede, onde prestaram homenagem com aplausos e uma faixa gigante com a fotografia de Eusébio e a frase: “Os génios vivem para sempre.”
O cortejo fúnebre seguiu em direção à Assembleia de República, onde vários deputados esperavam na escadaria do Palácio de São Bento por ver os restos mortais de Eusébio passar.
Chegado ao Panteão Nacional, centenas de portugueses aplaudiram a antiga glória nacional.
Dulce Pontes protagonizou um momento solene ao cantar o Hino Nacional acompanhada por guitarras portuguesas.
António Simões, Assunção Esteves e Cavaco da Silva foram as vozes das recordações e das homenagens.
Rui Veloso interpretou “Nunca me esqueci de ti” e “Irmã África”. Esta última era uma música que Eusébio gostava particularmente. Sabe-se que uma vez Rui Veloso cantou a música no restaurante “A Paz”, na Ajuda, que o Pantera Negra costumava frequentar e deixou-o em lágrimas.
Terminados os discursos ouviu-se uma vez mais o Hino Nacional.
Quatro décadas depois de terminar a sua carreira, o “King” marcou o último golo, neste dia 3 de julho de 2015.